Wednesday, June 19, 2024

Adeus bafo

Universidade quer popularizar produção de alho negro inodoro


Cientistas buscam mapear benefícios do ingrediente para criar protocolos que promovam o seu consumo na Australia e, posteriormente, em todo o mundo


Catarina Raposo
Giovani Dietrich
Matheus Vieira

19/06/2024

FastCompany






 
                           Isto-É-BemEstar.com
                                               Alho


O mau hálito causado pela ingestão de alho pode ser uma desvantagem
do tempero que pretende ficar no passado. Um projeto desenvolvido na
Universidade de Queensland, na Austrália, está trabalhando para promover o cultivo de alho negro inodoro.
Originalmente desenvolvido nas regiões do leste da Ásia, o alho negro –
envelhecido em umidade controlada – não causa hálito e, segundo os
cientistas, é benéfico à saúde e ao meio ambiente.
O alho negro é feito de bulbos da versão branca crua, que foram torrados
lentamente em baixa temperatura e alta umidade durante semanas. Esse
processo causa o que é chamado de reação de Maillard, na qual o sabor se
torna adocicado.
Estudos anteriores mostraram que o alho negro pode trazer inúmeros
benefícios à saúde, melhorando o microbioma intestinal e o sistema
imunológico. O ingrediente tem benefícios anti-inflamatórios e antioxidantes e
auxilia no controle do colesterol, da saúde vascular, do açúcar no sangue e até
do peso.
Através desta colaboração, os pesquisadores pretendem quantificar os
fitoquímicos bioativos benéficos, que sustentam estas observações. "Estamos
analisando o alho negro que passou por vários modos de processamento para
identificar aqueles com o máximo de bioativos benéficos", afirmou a
professora Susanne Schmidt, pesquisadora integrante da equipe do projeto.
O projeto busca popularizar o alho negro, inicialmente na culinária australiana,
buscando também minimizar o desperdício do alimento por produtores. Segundo o
estudo, todos os anos, toneladas de alho são rejeitadas e jogadas fora. A proposta é
desenvolver um fluxo de consumo de alto valor para os agricultores, impedindo que o alimento seja desperdiçado.

 O objetivo deste estudo foi investigar a influência do extrato aquoso (E.A.) do alho (Allium sativum L.) no tratamento do colesterol plasmático em coelhos com hipercolesterolemia experimental. Os animais foram divididos em G1 (grupo controle) e G2 (grupo tratado com alho). O experimento foi desenvolvido em três fases: na 1ª fase os animais receberam dieta comercial de coelhos para avaliar o nível basal de colesterol nos animais; na 2ªfase, todos os animais passaram a receber dieta suplementada com gema de ovo, até o final do experimento, para desenvolver hipercolesterolemia, e; na 3ª fase os animais do grupo G2 receberam o tratamento com E. A. de alho. O colesterol na 1ª fase foi de 39,94 ± 9,57 mg dL-1. Na 2ª fase houve elevação significativa (p<0,05) no nível de colesterol plasmático nos dois grupos -acima de 100 mg dL-1. Com relação ao tratamento, o alho não promoveu redução no colesterol plasmático dos coelhos, contrapondo os dados da literatura. s resultados apresentados não permitem concluir sobre a eficacia do alho (Allium sativum) nas condições experimentais propostas.

No comments:

Post a Comment